
O veterano autor Masanori Morita usou seu perfil pessoal no X para levar um questionamento antigo aos seus seguidores: por que nenhuma de suas obras foi adaptada para um animê de TV?
No comentário, o mangaká usou como trampolim um recente artigo, aparentemente do site magmix.jp, que destaca mangás de sucesso que nunca se transformaram em uma série animada. O artigo abre relembrando Detetive da Mesa de Jantar, série de romances de 2010 e que só em abril deste ano virou animê, isso bem depois de já ter tido um dorama de sucesso.
Além disso, ele ainda dá uma bronca por uma bola fora levantada no texto. Morita disse (tradução livre):
Num artigo sobre “mangakás que surpreendentemente ainda não foram adaptados em animê”, mencionaram meu nome. Disseram que talvez o próprio autor tenha recusado ofertas… Que papo é esse? Nada a ver! Sério, por que será!?
Por que minhas obras não são adaptadas em animê? Se alguém souber a verdadeira razão, por favor, me conte.
Na resposta de um seguidor, o assunto do teor dos mangás de Morita é colocado em jogo (tradução livre):
Falando sério, acho que é porque há muitas cenas [nas obras de Morita] que os pais não gostariam que os filhos vissem. Eu, pessoalmente, gostei muito quando li na infância e ficaria feliz se fosse adaptado em animê — mas, se isso acontecer, gostaria que fosse transmitido em um horário mais tarde da noite, quando as crianças não costumam assistir.
Outro ainda brinca com o que os jovens dos mangás usavam:
Rokudenashi Blues [uma das obras mais famosas de Morita] é minha juventude, mas se você pensar objetivamente [no porquê de não virar animê], acho que é porque os estudantes do ensino médio fumam e bebem álcool (risos).
Quem é Masanori Morita?

Rokudenashi Blues. | Imagem: Reprodução/Masanori Morita
Ainda inédito no Brasil no que se diz respeito a mangás publicados, Masanori Morita é certamente um dos nomes mais relevantes da história da Shonen Jump — a mais famosa antologia de mangás, de onde saíram títulos como Dragon Ball, Naruto e One Piece. Rokudenashi Blues, seriado de 1988 a 1997, vendeu mais de 60 milhões de cópias, número acima de alguns outros medalhões como Ranma ½, City Hunter, Yu Yu Hakusho ou Os Cavaleiros do Zodíaco (todos com animação de TV ou até remakes).
Ele começou a sua carreira como assistente de Tetsuo Hara, criador de Hokuto no Ken, e iniciou nas publicações da editora Shueisha em 1987, passando por Shonen Jump, Young Jump e Grand Jump — onde finalizou sua série mais recente, Zashisu, no ano passado.
Rookies, seu 2º grande sucesso, publicado de 1998 a 2003 com mais de 21 milhões de cópias vendidas, foi adaptado em um dorama pela TBS em 2008, esse disponível no Brasil pela Netflix. Rokudenashi Blues também virou live-action, com filmes e um dorama, além de duas pequenas animações para cinema pela Toei — o máximo de animê que Morita teve. Beshari-Gurashi, publicado de 2005 a 2009, também virou dorama.
As histórias famosas do autor são caracterizadas por estudantes encrenqueiros, “garotos-problema” que tomam algum rumo na vida através de algum caminho improvável (o boxe em Rokudenashi Blues, o beisebol em Rookies e a comédia em Beshari-Gurashi).
Fonte: Masanori Morita (X)
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